Comediante compartilha sua jornada de cuidadora de DFT em podcast

Obviamente, não há nada de engraçado em um diagnóstico de DFT — mesmo para alguém que ganha a vida encontrando humor na vida cotidiana. Mas Kelsey Cook, uma comediante em turnê nacional conhecida por seus especiais no Hulu e no YouTube, tem uma perspectiva única como cuidadora de longa distância de sua mãe, que foi diagnosticada com DFT em 2020. Cook recentemente compartilhou sua jornada de cuidadora de DFT com o podcast Navegando pelo mundo com seu ente querido idoso, apresentado por Nicole Will.
A decisão de tornar público o diagnóstico da mãe foi motivada pelo medo do isolamento, disse ela. "Quanto mais eu me abria sobre ela, tanto online quanto no palco, mais pessoas tinham um familiar com demência que me procurava e dizia: 'Meu Deus, obrigada por falar sobre isso'." Cook disse que a reação dos fãs a estimulou a ir além de compartilhar sua experiência, mas a se tornar um recurso — a aprender e compartilhar mais sobre DFT e demência.
Cook lembrou que, no início, até mesmo entender o comportamento da mãe como sintoma de um problema de saúde foi difícil, pois coincidiu com a aposentadoria da mãe e sua mudança do estado de Washington para o sul da Califórnia, para ficar mais perto de Cook e do irmão dela. "Minha mãe foi professora por uns 40 anos. E [houve] mudanças tão grandes na vida dela, de uma só vez", lembrou.
Crescente Incerteza
A incerteza sobre a origem do "não ser ela mesma" da mãe logo aumentou. "Começamos a ver algumas coisas mudando nela de maneiras que não víamos antes. Percebemos paranoia, algumas coisas ansiosas — será que isso foi realmente exacerbado por essa grande mudança da aposentadoria?" A questão foi resolvida definitivamente no dia em que Cook recebeu um telefonema da equipe da ambulância. "Os médicos disseram: 'Estamos em um estacionamento com sua mãe. Ela ligou para o 190 porque achou que estava sendo seguida pelo cartel. E agora ela não entra na nossa ambulância porque não acredita que somos quem dizemos ser.'" Os médicos da mãe dela não conseguiram encontrar nada de errado fisicamente.
Os sintomas pareceram piorar quando sua mãe voltou para Washington e, em seguida, com o isolamento imposto pela pandemia de COVID em 2020. Logo, uma crise de saúde — uma úlcera perfurada e COVID — levou sua mãe ao hospital, onde seus sintomas progrediram rapidamente. "Ela estava em uma sala onde as enfermeiras entravam vestindo trajes completos de proteção contra materiais perigosos, basicamente. Quer dizer, ela achou que tinha viajado no tempo", disse Cook.
Sua mãe ficou internada por cinco meses, chegando a ficar catatônica — o que permitiu aos médicos realizarem uma ressonância magnética completa, com a qual conseguiram diagnosticar DFT. Deram a ela seis semanas de vida.
O amargo com o doce
"Ela superou isso e ainda está aqui conosco", disse Cook. Mas a longa busca por um diagnóstico teve um preço para sua filha. "Estou tão triste que muitos dos meses que antecederam o diagnóstico da minha mãe foram passados comigo me sentindo frustrada com ela. Minha mãe e eu fomos tão próximas a vida toda." A maioria dos dias, ela disse, "ainda eram cheios de amor, todas as coisas. Mas eu me senti muito mais frustrada com ela nesses meses do que nunca. E estou triste que essas sejam as memórias que tenho com ela, antes de ela começar a realmente se esvair nessa outra pessoa que não é minha mãe, que eu tive a vida toda. E é uma doença tão frustrante nesse sentido."
Cook aprendeu muito sobre autocuidado na jornada dela e da mãe, mas seu trabalho em tempo integral lhe deu outro tipo de válvula de escape. "O cérebro dos comediantes é estranho", disse ela, "porque eu consigo chorar histericamente em um momento e, uma hora depois, tentar descobrir se tem um jeito de fazer meu namorado rir disso. Acho que algumas dessas coisas são tão sombrias que, se você não procurar um momento de humor, elas podem te engolir por inteiro. Eu realmente me beneficiei de encontrar maneiras de rir de tudo isso. E nunca é às custas dela. Esta é uma situação tão selvagem. E acho que [encontrar o humor] ajuda outras pessoas também."
Você pode entrar em contato com Cook pelo e-mail para ouvir seu próprio podcast, Problemas Fingidos, que é pretendproblemspodcast@gmail.com.
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